“Todo mundo pode ficar bravo, isso é fácil. Mas ficar bravo com a pessoa certa, no nível certo, no momento certo, pelo motivo certo e do jeito certo, isso não está dentro do poder de todos e não é fácil. ” Aristóteles
A raiva é uma emoção de autodefesa, poderosa e difícil de conter, porém possível de ser modulada e assertiva, como nos mostra a neurociência.
O pesquisador R. Douglas Fields, em seu livro, Why We Snap: Understanding the Rage Circuit in Your Brain (“Por que explodimos: entendendo os circuitos da raiva em seu cérebro”, em tradução livre). Agrupou em nove seções as causas que nos levam a “explodir” ou sentir raiva: integridade física, insulto, família, ambiente, sexo, ordem social, dinheiro, tribo e impedimento, esta última tem relação com tudo que nos tolhe, física ou psicologicamente.
Ao sentir ameaça a qualquer um destes setores, nosso cérebro prepara-se para briga, é como se algo essencial para nossas vidas estivesse em risco. Há ainda a raiva silenciosa, premeditada, lúcida e controlada. Ambas podem gerar os resíduos desta emoção que são a mágoa, angústia e culpa.
É preciso entender que senti-la não é consciente, são as amígdalas entrando em ação (sim, temos amígdalas no cérebro, não são as da garganta), responsáveis por detectar uma ameaça e nos preparar para defesa. Mas há salvação! A resposta da amígdala à uma ameaça é regulada pelo córtex pré-frontal, região de funções mais complexas. É ele quem escolhe se vamos argumentar, xingar ou bater e também nos diferencia dos animais.
Você pode estar pensando…Oba! Então estou livre para extravasar minha raiva!
Hummm… ERRADO nobre colega! Volte e leia novamente sobre o córtex, você está equipado com mecanismos para modular esta emoção. Sentir é diferente de extravasar, o segundo caso não se aplica a raiva pelo simples fato de que você sairá socando pessoas, destruindo coisas e provavelmente se machucando, gritando e verbalizando palavras que poderão ser fonte de arrependimento e culpa. A forma silenciosa e manipuladora, elaborando planos de vingança, ruminando no interior, também não é o caminho, pois pode levar a doenças como úlcera gástrica, hipertensão, disfunções cardíacas entre outras.
O que você faz então?! Como lidar com esta emoção de forma assertiva?!
Ainda tem dúvida, ou quer saber mais sobre esta emoção? Deixa nos comentários ou entre em contato.
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