Uma das grandes verdades sobre esta emoção é que somos ensinados desde pequenos que a tristeza não é boa.  Senti-la é um sinal de fraqueza. Demostrar aos outros que está triste é se sentir julgado, é não estar adequado ao mundo que nos impõe o tempo todo padrões de felicidade. Porém, ela existe, é natural e tem fundamento.

A tristeza nos remete a um período de introspecção, é contraria a impulsividade. Com ela sentimos a necessidade de ficar quietos, processando a situação que a gerou e fazendo o nosso sentir elaborar e dar conta da situação, compreende-la. O fato é que ela nos mostra que temos um problema, interno ou externo e interiorizar nos traz a consciência de como será a ação com este problema. O período de introspecção é relativo e difere em tempo e intensidade para cada indivíduo.

Negar esta emoção, não querer senti-la, gera fuga e podemos mergulhar em distrações alienantes para não tomar consciência do problema e soluciona-lo. Estas fissuras emocionais e não conscientizadas no momento de sofrimento é uma das causas de tantas doenças como a depressão, ansiedade, síndrome do pânico dentro outras.

O que você pode fazer para vivenciar a tristeza de forma mais equilibrada emocionalmente:

• Não negue ou bloqueie a emoção, senti-la é natural em momentos de sofrimento. Faz parte de nossa mente e corpo.
• Chore, não tenha medo. O choro ajuda a esvaziar e clarear os pensamentos, portanto, te ajuda a tomar consciência, a relaxar e colocar o pensamento em ordem.
• Estabeleça um prazo só seu para sair desta emoção, não se acostume e deixe-a tomar conta da sua vida, pois isto paralisa suas ações. Lembre-se é introspecção, identificação e elaboração para resolução.
• Nos períodos de tristeza, com a introspecção, seus pensamentos estão voltados para você, por incrível que pareça sua criatividade estará aguçada. Canalizar o que você está sentindo para a escrita, pintura, música, trabalhos manuais de artesanato, jardinagem auxiliam no esvaziamento saudável da emoção. Você sabia que grandes artistas criaram obras maravilhosas durante períodos de profunda tristeza? Entre eles, e atuais, estão: Adele e Sam Smith que escreveram músicas depois de decepção amorosa que lhe renderam Grammys e reconhecimento. Um bom exemplo do ditado: Dos limões faça uma limonada!

E finalmente e super importante!

Tristeza não é depressão. É possível estar profundamente triste, sem estar deprimido. A diferença está em “Estar triste” e não “Ser triste”. Se você tem dúvida e tem sentido a tristeza te dominar e paralisar sua vida por longos períodos, procure um profissional da psicologia que te ajudará a identificar o que ocorre.

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