Chegamos ao último texto sobre nossas emoções básicas, os próximos três serão sobre os transtornos que o desequilíbrio delas podem nos causar, ansiedade, depressão, impulsividade e umas coisitas mais.
Chegou agora por aqui? É o primeiro texto que você está lendo? Recomendo que você leia os demais da série que falaram sobre alegria, tristeza e raiva.
Bom…bóra lá falar desta emoção que nos assusta?!
EM UM MUNDO PERFEITO, nós reagiríamos da melhor forma possível ao medo, usando-o para avaliar os riscos, calcular nossas melhores opções e retornar rapidamente à condição normal. Como toda emoção o medo nos leva a uma ação. Ele existe para preservar nossa vida, ou seja, é uma emoção de evasão.
O medo, como a raiva, ativa nossa amígdala (a do cérebro), coloca nosso sistema nervoso e sistema periférico em ação, com isso nosso coração dispara, visão e audição entram em alerta, pernas e braços se contraem e são preparados para correr ao sinal de perigo.
Bom…até agora expliquei como nosso organismo reage com o estímulo de perigo real, mas você já parou para pensar que nós também imaginamos situações de perigo? E que estas impactam na nossa vida? Como esta emoção age e nos atrapalha nestes casos?
Isto ocorre, porque temos nosso sistema de percepção, que é como percebemos tudo em nossa volta. Audição, visão, olfato e tato, captam as informações, que também são interpretadas por nossas crenças, por nossas vivências, experiências acumuladas. E justamente estas vivências podem distorcer e nos trazer um medo irreal, gerando ansiedade, preocupação, pensamentos distorcidos que paralisam nossa ação. Passamos a procrastinar nossos sonhos, objetivos, decisões e nossa vida.
Quer um exemplo? Vamos imaginar uma mãe que ficou altamente impactada com o atentado na escola da Flórida, nos E.U.A., em que um dos alunos entrou armado e assassinou 17 alunos e feriu outros. Ela começa a divagar sobre o ocorrido e imagina isto na escola do seu filho, que ele está cercado de perigos, que a escola é aberta, ela não conhece todos os alunos. Uma série de pensamentos distorcidos se instala. Baseada nestes pensamentos ela passa a não levar o filho à escola. Percebe o impacto que isto seria?
Nós temos casos menos graves em nosso dia-a-dia, aquele curso que você não faz, porque tem medo de conhecer gente nova, medo de rejeição. A viagem que você sonha, mas não vai sozinho, porque tem medo das decisões que precisará tomar, do avião, de dirigir, do hotel, de gente nova, dos passeios e a lista só aumenta. Novamente, percebe as experiências e aprendizados que está deixando de lado? Por querer controlar tudo?
Os medos que fabricamos em nosso dia-a-dia são tantos e em tantas situações que o texto ficaria enorme para listar todos. O importante aqui é que você pense:
O que estou deixando de fazer, de realizar, que impactaria positivamente na minha vida, por medo? Este medo é real, eu controlo as variáveis? Ou por um medo disfuncional você está deixando seus sonhos e sua vida paralisados ?!
Como sempre, nestes textos, meu desejo é que você aprenda, que tenha conhecimentos básicos para reconhecer e saber lidar com estas emoções e tome atitudes mais assertivas, então, aqui vai algumas dicas para você aprender a lidar com esta emoção:
Então guarde estas duas dicas, respirar e alterar o padrão de pensamentos negativos. Bóra treinar!
E finalmente, a aspectos do medo em situação de traumas e grande estresse que causam transtornos psicológicos e patologias, tais como: TEPT (Transtorno de Estresse Prós Traumático), Síndrome do Pânico e Transtorno de Ansiedade, dentre outros. Nestes casos a ajuda profissional é necessária não hesite, procure um psicólogo.
Este texto te ajudou? Você tem outras dúvidas sobre medo? Deixe nos comentários ou entre em contato. ()