Apesar de depressão ser um tema recorrente, conversando com algumas pessoas percebi que a maioria não sabe a diferença entre “estado depressivo” e “depressão”. Então, vamos descobrir?!
O estado depressivo é vivenciado através da tristeza com base no sentimento de perda, ele tem causa real. Dentre uma série de motivos os mais recorrentes são: morte de entes queridos, final de relacionamento amoroso, perda de emprego, mudanças de vida quando não há adaptação (casa, cidade, país, emprego, escola e etc), abusos físicos e emocionais.
Maria Luiza Silveira Teles, em seu livro “O que é Depressão”, tem um conceito bem legal sobre esta emoção:
“Tristeza é uma emoção natural, normal do ser humano, diante de uma perda qualquer. Ela é, pois, uma reação afetiva básica frente a situações de perda. Devemos nos lembrar de que muitos dos problemas emocionais não são patológicos, mas existenciais, a não ser que tenhamos a vida como uma doença…”
O indivíduo sente-se ameaçado frente ao que acreditava ser seguro, vivenciando esta perda. Tem um tempo de adaptação e acomodação para que ele dê conta deste sentimento. E este tempo varia de acordo com a pessoa e situação. Mas ele se resolve, aos poucos volta a conviver com a família, com amigos, a sair, fazer as coisas que gosta. Volta para vida.
Outra diferença entre o estado depressivo e depressão são os altos e baixos no humor. Os indivíduos com estado depressivo, mesmo demonstrando uma tristeza profunda e apatia, ao lembrar de bons momentos vividos com a pessoa amada que morreu, ou se relacionou, com as situações no emprego ou escola, conseguem rir, se sentir bem e agradecer pelo período que viveram. Até acomodarem o sentimento de tristeza dentro de si, eles intercalam entre momentos que estão bem e a tristeza profunda.
Se você está pensando… Tá, mas e a depressão?
A depressão, embora ainda não se tenha consenso das causas, muitos estudos comprovam que é patológica, ou seja, é doença. Sim, um indivíduo deprimido está DOENTE.
Não é doença de rico, não adianta ir lavar um tanque de roupa pra resolver, não é falta do que fazer, não é cabeça vazia. Acreditar nisso faz a pessoa com a doença sofrer ainda mais, por falta de apoio, paciência e até mesmo tratamento.
Sim, estado depressivo pode levar a depressão, principalmente se a pessoa tem pré-disposição genética, ou seja, casos de depressão na família.
Os sintomas mais comuns e com alta frequência na depressão são: apatia, fadiga, dificuldade de concentração, isolamento, dores crônicas e sem motivo clínico, irritabilidade, insônia ou excesso de sono, autoimagem negativa, falta ou excesso de apetite, impulsos suicidas.
Na depressão severa ainda temos outros sintomas físicos associados como sensação de frio, lentidão psicomotora da fala, ao se locomover e dos gestos, constipação, queixas generalizadas.
Agora que alinhamos as diferenças entre “estado depressivo” e “depressão” bóra saber quais são as prevenções e intervenções?
Nesta tabelinha fica mais fácil de entender.
Há também atitudes que ajudam na prevenção da depressão.
O sorriso, a risada, a gargalhada, a gratidão, o auto perdão, o otimismo, a fé, a solidariedade.
Todas estas atitudes podem ser aprendidas, desenvolvidas quando praticadas. A neurociência explica que todas atuam no sistema de prazer do cérebro, desenvolvendo conexões que previnem a depressão e outras doenças. Seu cérebro fica todo contentinho com essas práticas.
Estas informações foram úteis para você? Deixe nos comentários o que mais gostou e tendo qualquer dúvida entre em contato. Compartilhar conhecimento é uma das coisas que mais gosto.
()