Autoestima não nasce com você, ela é construída. Te explico. Quando criança, brinco que parecia o Capitão Caverna. Eu era só cabelo! A partir da pré-adolescência, sempre fui gordinha e fora do padrão de beleza. Nem sempre foi fácil me aceitar e fazer as pazes com minha imagem. Esta relação mudou faz poucos anos. Hoje, a preocupação é com a saúde e o que escolho comer, não é com a estética. Faço acompanhamento nutricional, o que auxilia e reforça meu foco em bem-estar.
Nossa Telma! Mas você é psicóloga, tem essas encanações?! Amadinhos da “psico”, antes eu sou um serumaninho. Todos temos dificuldades e podemos aprender sobre elas. Estudo sobre autoestima e emoções já faz algum tempo. As práticas para conduzirem a autoestima, autoaceitação e bem estar que via por aí não batiam comigo.
Na verdade, algumas destas práticas sempre me incomodaram. Sabe aquelas aplicações rápidas? Em que você é responsabilizado por sentir este sofrimento interno? Meu pensamento era… jura?! Fácil assim? Minha percepção está gritando o contrário.
Caspita! O jeito que era colocado faz a pessoa se sentir mais incapaz. E amores dessa “psico”, não é bem assim. O conceito de autoestima foi banalizado e colocado de uma forma muito simples, por um mercado que lucra com tudo relacionado a este tema.
Autoestima, é sim, como o indivíduo gosta de si, mas em um sentido muito mais amplo e complexo. Segundo alguns estudiosos da psicologia: A autoestima é definida como a avaliação afetiva do valor, apreço e importância que cada um faz de si próprio.
Então, significa dizer que autoestima é construída e passa por: Como nós fomos amados, como foram nossas relações e aceitação, qual a nossa percepção do afeto e valor emocional, qual nosso entendimento das nossas emoções e se nos identificamos (imagem) nos outros.
Entende como o buraco é mais em baixo? É muito mais amplo? Tem relação com você, com o ambiente, com comportamentos, capacidade de percepção, cognição (processamento de pensamentos). Entender e perceber a afetividade, para amar e valorizar a si próprio. Trabalhar a autoestima exige ressignificar todos os contextos citados.
É importante salientar que autoestima abrange o adoecer mental leve, moderado e grave. Há ligação com aspectos de doenças mentais como: depressão, ansiedade, transtornos alimentares, transtornos do humor. Tem relação com tendência suicida e inúmeras outras doenças mentais. Em outro contexto tem referência com bullying, tanto para quem recebe, como para quem faz. É um dos pilares de relacionamentos problemáticos e abusivos. O assunto é sério, frequente na população, e não dá para banalizar o tratamento.
Está se perguntando o que fazer então?! Um ponto básico é identificar o grau de comprometimento de sua autoestima, o quanto ela afeta aspectos de sua vida. Aqui estão 5 aspectos para avaliar:
Com tudo isso a pergunta que não quer calar é: Como ter autoaceitação e efetividade de propósitos na vida com baixa autoestima? Te respondo: NÃO DÁ! É preciso tratamento adequado, perceber que tem uma ferida emocional e mental ali que precisa ser limpa, tratada, cuidada, para fechar e curar.
E posso te falar?! Não tem coisa melhor no mundo do que se libertar deste sofrimento! E conseguir enxergar com todos os seus sentidos como você é especial, porque acredite. Você é muitooooo! ()